GRUPO ANTROPOANTRO NA ESCOLA COMUNITÁRIA - 2007
A proposta do grupo, nesta exposição, é ampliar o diálogo da arte contemporânea com o mundo pedagógico. Para isso, cada artista que compõe o grupo buscou, através de suas obras, proporcionar uma nova abordagem dos conceitos artísticos através de técnicas diversas.
O grupo é composto atualmente pelas artistas: BETH SCHNEIDER; INÊS FERNANDEZ; LALAU MAYRINK; OLÍVIA NIEMEYER; SÍLVIA MATOS; TINA GONÇALEZ; VANE BARINI e WALMA LINA
Vejamos agora as obras expostas nessa Galeria da Escola Comunitária em julho de 2007.
Detalhe de “CORPOS ” de Beth Schneider (2006) . Material usado : tinta óleo, 900 bonecos de plástico, costurados com linha tinta automotiva .
A artista trabalha a cor como sua matéria . A idéia principal relaciona-se à igualdade racial. Não importa a cor da pele e sim a certeza de que somos iguais
Foram exibidos 2 painéis de 1.10 x 0.90 m.
Imagem da obra “RESTA UM ” de Inês Fernandez ( 2007). Instalação feita 33 vasos de cerâmica, 1 bonsai e uma Base de madeira 80x80x20 cm.
Essa obra é uma referência ao jogo “resta um”. Esse é um discurso que faz um apelo ecológico para que não reste apenas uma árvore no planeta. A obra trabalha com a questão da vida – o vaso precisa ser regado durante a exposição para a planta continuar viva.
Esta instalação de Lalau Mayrink “MAFAGAFOFINHOS” (2002) é da Série Mafagafos - Objetos - Impressão xerográfica em tecido Tamanho variado.
Os objetos foram criados a partir de desenhos feitos com caneta bic, que foram chamados de “Mafagafos” , referência ao trava-língua “em um ninho de mafagafos...” . Segundo a artista, esses desenhos são “rabiscos” , como os desenhos que fazemos enquanto falamos ao telefone ou quando brincamos com o papel e a caneta, despreocupadamente. Esses desenhos foram impressos em tecidos e transformados em objetos anamorfóticos: os “mafagafofinhos”.
Obra de Olívia Niemeyer “INCLUSÃO” (2006). Quatro fotos da periferia de Campinas, retiradas do Google Earth. Plotagem em placa de PTG cristal 2 x 1m cada placa.
Obra instalada no chão do espaço expositivo, que conserva os rastros da passagem dos estudantes e funcionários, além de refletir a realidade que a cerca. A instalação procura colocar foco no problema da inclusão da população de baixa renda nas instituições de ensino brasileiras.
Obra de Sílvia Matos “VIAGEM NOTURNA SÃO PAULO-CAMPINAS ” com 26 fotografias montadas em caixas de CD. 220 cm x 12 cm.
As fotos foram tiradas à noite de dentro de um carro em um retorno de São Paulo a Campinas. A idéia foi captar o movimento e as luzes. Esse trabalho faz parte de uma série que trata da passagem do tempo. As fotos foram tiradas com uma câmera digital e algumas foram tratadas no computador (para dar mais contraste ou diminuir o contraste, aumentar o tom das cores, etc. conforme o interesse da artista ) . “Optei pelas caixas de CD, pois podia montá-las uma após a outra criando uma “estrada” . Tanto que, na montagem, algumas saem da parede para dar a idéia das curvas da estrada” .
Obra de Tina Gonçalez “BUSCANDO O INTANGÍVEL ” (2007). Fotografia – plotagem em placa de PVC.
O trabalho foi concebido durante uma aula de fotografia com os alunos da 4ª série do ano passado. Observando a mudança das cores das tintas quando se misturavam à água do tanque, é que esta imagem foi captada. As duas mãos de crianças que compõem a foto foram reproduzidas em placa de PVC, criando uma seriação da imagem, formando um conjunto linear de mãos. Dessa forma, “Buscando O Intangível” é uma referência direta ao artista na ânsia de capturar a cor. É intangível porque cor não se “captura” . É também uma homenagem aos alunos que fazem e fizeram as aulas de Arte comigo.
Obra de Vane Barini “RETRATOS ”(2007). Fotografia com intervenção posteriormente escaneada e ampliada. Total de cinco fotografias de 54x36 cm.
Os retratos das pessoas costumam ser imagens frontais ou que mostram o perfil de uma pessoa. Nesta série, a artista busca um ângulo inusitado, a pessoa vista de costas. Através deste novo ângulo, o retrato assume uma nova dimensão perceptiva e estética, sem, no entanto, perder sua força.
Obra de Walma Lina “SEM TÍTULO ” (2006). Desenho tridimensional feito em crochet , com barbante.
A linha é o elemento básico do desenho. O barbante, como uma linha, é o material básico para a criação destes desenhos tridimensionais realizados em crochê.
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